Quem nunca ficou triste, que atire a primeira pedra!
Este é um sentimento muito comum que podemos enfrentar ao longo da vida. Ficar triste por ter ido mal em uma prova; por ter brigado com alguém; pelo castigo que recebeu dos pais; pelo término de relacionamento; por algo que esperava e não deu certo; por uma notícia… Existem muitos motivos para ficarmos tristes, chateados, desanimados ou sem vontade de fazermos as coisas. Se procurarmos no dicionário, a palavra tristeza é caracterizada pela qualidade ou estado de triste; estado afetivo caracterizado pela falta de alegria, pela melancolia.
Então quer dizer, que posso ficar um dia triste e no outro estar bem novamente?
SIM!
Mas isso não quer dizer que estou com Depressão?
Não necessariamente.
Os transtornos depressivos se caracterizam pela presença de humor triste, vazio ou irritável, que acompanha alterações somáticas e cognitivas, afetando significamente a capacidade de funcionamento do indivíduo (DSM V).
Os transtornos depressivos, incluem:
- Transtorno disruptivo da desregulação do humor;
- Transtorno depressivo maior;
- Transtorno depressivo persistente (distimia);
- Transtorno disfórico pré-menstrual;
- Transtorno depressivo induzido por substância/medicamento;
- Transtorno depressivo devido a outra condição médica;
- Outro transtorno depressivo especificado;
- Transtorno depressivo não especificado.
O diagnóstico de um Transtorno Depressivo deve ser feito por um médico psiquiatra. O uso da medicação como antidepressivo, por exemplo, pode ser necessário, mas deve ser sempre recomendado e acompanhado pelo médico. É importante, também, o acompanhamento com um psicólogo, para auxiliar no enfrentamento desses sintomas e sofrimentos.
Alguns pacientes podem apresentar pensamentos e/ou ideação suicida – desejo de não continuar vivo; dor extrema que quer eliminar; pensamento de menos valia consigo; automutilação; entre outros. É muito importante que ao identificar esses pensamentos ou atitudes de autoagressão, este paciente procure a ajuda de psiquiatra e psicólogo. Em caso de tentativa de suicido, encaminhar o paciente para um serviço de emergência, de preferência emergência psiquiátrica e, se for necessário, internação em decorrência desta tentativa.
Depressão NÃO é charme, NÃO é falta de ter o que fazer, NÃO é falta de Deus, NÃO é querer chamar a atenção. Depressão é uma DOENÇA, que tem cura.
Procure ajude, você não está sozinho(a)!
Ps.: O CVV – Centro de Valorização da Vida – realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias.
Ligue 188
https://www.cvv.org.br/
Giovanna Borba
Psicóloga Hospitalar
CPR 08/20898
Referências
DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª edição). Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5662409/mod_resource/content/1/DSM-5.pdf. Acesso em: 10 de março de 2021.